POEME-SE



Olhos!

Olhar à Musa,

uma linda flor,

das lágrimas orvalho,

do nascer ao morrer do Sol

todas as cores convidam à poesia.


Nariz!

Cheiro seu no meu,

uma torta de maça,

o perfume da manhã,

inspire.


Ouvido!

Sons, sininhos e a voz,

Musa tudo convida à música,

poesia e silêncio.


Boca!

Beijo,

lábios vermelhos,

falar, gritar, calar

‘Poeme-se’.

meu morder

seu paladar


Alma!

Sexo com ‘ela amada’

é a vida encarnada,

é a última poesia

eternizada

enquanto dure.


Coração!

Dedos mãos

mãos braços

braços peito:

disritmia,

meu coração vão;

meu destino poesia

e a Musa caminho.


Poesia:

me procura.

me chama.

me traz.

me leva.

Poesia!





Ficarei com ele na mochila

até quando ele precisar

para de novo andar.

Um mês passa rápido

a vida passa rápida

e rápido não estou

com meu pé quebrado

na radiografia parecia um vaso

eu a flor

vaso rachado

sem água, quebrado.

Ai meu pé,

ainda bem que tenho dois

um que leva

outro que escorrega e quebra

ainda bem que tenho

outro que me leva.

Ainda bem que tenho teto

afeto

neste momento de cômodo

acomodado

tenho Chico Buarque

sobremesa, paciência e medo

ainda bem que tenho medo

que me protege de erros.

De todos os lados

onde mais me acho é no pé

todos os signos astrais

escolhem um membro

e o pé é o que me rege

que me anda a imaginação

meu artista equilibrista é meu pé.

Quanto entendimento telúrico

pegadas nas nuvens

'meu pé quebra

mas não falha'.

Prometo-te

beijos de baton nos dedos

logo depois de calcificado

de se acabar de dançar

no salão das Musas.

Nuas Musas.

Streptese de pé é descalço.



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Na última viagem que fiz terei várias fotos de meu pé em lugares diferentes com a intenção de fazer uma poesia com elas; é minha inspiração veio com uma fratura.




























Não foi nada grave!

Um mês de pé e cabeça pro ar.



"VIAGEM"



Maranhão, Piauí e Ceará.

Quantos caminhos e histórias a contar.



I

Minha viagem começa

num lugar estratégico

onde todos queriam cuidar

travaram Guerras e revolução

para o domínio alcançar.


São Luiz do Maranhão

lugar de muita beleza

lindos casarões

da mais pura nobreza.


Lá tudo acontece.

Na praça.

Namoro.

Esperando que o dia anoiteça.


II

Nos lençóis maranhenses

visão de não acreditar

tanta beleza juntinha

na imensidão de dunas

lagoas, céu e ar.


Dizem que suas águas é de chuva.

Acrescento também o meu mirar.

Lágrimas de meus olhos

emocionados de chorar.


Dunas de areia branquinha

muda formas de repente

andar por elas

é descansar a mente.


Se Deus existe,

deve se inspirar.

Deve ter escolhido

este lugar para morar.



III

Caburé é um outro lugar.

De um lado o rio Preguiça

do outro o mar.

Entre eles o vento

que fez minha cabeça bagunçar.

Vento de nunca acabar.


Lá tive noites

que de tanto vento

não conseguia sonhar.

Eles saiam voando

igual penas no ar.



IV

Delta do Parnaíba

10 horas navegar.

Rio Parnaíba e seus igarapés

peixes, caranguejos e mangue

alimento para todo mar.


Quero que saiba!

De tanto mangue

virei mangue de tanto olhar.

Delta do Parnaíba

quero morrer lá.


Peixes que voam no mar

pássaros que nadam no ar.

Neste momento eu era

o barco a me navegar.


Não sei quem deságua em quem

entre o rio e o mar.

Na verdade tudo é um corpo só.

Eu e você, sem ninguém tirar.



V

Ali nos lugares que ia

tenho um símbolo de fortaleza

é a Carnaúba árvore resistente

a quaisquer intempéries da natureza



VI

Além da beleza natural

de praias, lagoas, rios e mar.

Tem a cultura alimentar

de crustáceos, frutas exóticas

peixes e tempero peculiar.


Não podemos deixar de lembrar

‘Tiquira, Mangueira e Ipióca’

aguardentes típicas de cada lugar

para ajudar a se envolver

com emoções da cultura popular.

Bumba-meu-boi

Cantorias e fitas.

Desde começo do dia

até novo raiar.



VII

Cada pessoa que via

uma pérola dela queria.

Era o seu sorriso ou queixumes

que assim o povo eu conhecia.


Olhando nos olhos

deste povo maravilhoso,

do Brasil fiquei

mais orgulhoso.



VIII

Conversei com o Vento e a Carnaúba

Do nordeste símbolos de poder e força.

Os dois me disseram:

'Menino deixa de bobage

a vida é uma grande viage'.



IX

Não foi só o meu olhar,

também de minha mulher Si

e filhos: Pedro e Matheus.

Só a companhia já mereceria

de mim, uma poesia.



X

Andei por mais lugares

todos levo no coração

agradeço a Deus

por me acariciar

esta recordação.


Finalizando acrescento:

Para que existe tanta beleza?

Uma coisa tenho certeza!

Viajar, viajar, viajar

E cuidar da natureza.












Essa foto requer explicação: ao fundo a lua; entre a máquina e a lua meu filho Pedro curtindo a lua, eu estou a uns 4 metros de distância dele ( repare em sua silhueta,ele esta de costas,temos a visão da orelha, descendo para o rosto e o contorno do ombro e na parte superior esquerda umas luzes/cores inexplicáveis). Esta foto foi tirada em São Luiz do Maranhão, dedico ao Sr do Vale.








































































esta foto não é mexida, é ilusão de ótica




esta foto não é colagem, alias nenhuma delas são













árvore deitada pela força do vento.